O Daime que ficou conhecido nacionalmente após o assassinato do cartunista Glauco e seu filho Raoni, que eram adeptos da religião. Glauco realizava reuniões no templo que construiu em seu quintal e batizou de igreja céu de Maria.
O chá deixa seus apreciadores em estado de transe levando-os a entrar em uma experiência de contato com a divindade interior presente em cada ser humano. O Daime é ingerido nos rituais e acreditam seus fiéis proporcionar a cura de doenças, o autoconhecimento e a expansão da consciência. Provoca sintomas como: ânsia, calafrios, vômitos e sensação de morte. Isso ocorre, como explicam os adeptos, por ser necessário primeiro a limpeza do corpo, que abrirá a comunicação sensorial com outros planos. É na “casinha das ervas” o lugar onde é realizado as orações e os trabalhos com as plantas medicinais. Existem vários trabalhos que são desenvolvidos e existe um calendário para a data de cada um.
O trabalho de concentração é nos dias 15 e 30 de cada mês onde os participantes ficam sentados em silêncio durante uma hora ou mais.
O trabalho de cura é dirigido para quem está doente ou alguém que vá buscar em nomes de terceiros.
O trabalho de Mesa branca é para quem quer desenvolver-se mediunicamente. Além da Missa que é um ritual realizado nas datas de “passagens (mortes) das principais lideranças dalmistas. Na semana santa; e nas primeiras segunda feira de todos os meses, é realizado um culto para as almas. É necessário pagar uma taxa para participar das reuniões, o valor que pode variar de estado para estado serve pagar a manutenção dos templos.
O chá de santo daime é um alucinógeno obtido pela cocção de duas plantas, o cipó Jagube e a folha Rainha, ambas nativas da floresta Amazônica que após colhidas começa um longo trabalho. Primeiro a limpeza das folhas”raspagem” e a bateção do “jagube”o processo é longo e leva quase um dia para o preparo. O chá só pode ser utilizado com fins religiosos , mas a realidade é outra, na internet você pode adquirir um litro do chá de santo daime por (R$50,00).
Fundada no Acre nos anos 20, a religião só ficou conhecida em meados dos anos 80, seu fundador foi o lavrador e descendente de escravos Raimundo Irineu Serra, que passou a ser chamado dentro da doutrina e por todos que o conheciam como Mestre Irineu.
Uma seita que mistura cristianismo e candomblé- Nos rituais sempre cantam hinos religiosos e utilizam instrumentos como violas flauta, bongôs e atabaques, próprio de Centros de candomblé.
Os praticantes da cerimônia daimista usam roupas claras, as mulheres saias abaixo dos joelhos e as blusas devem ser sem decotes, bermudas e blusas com manga. Vestem-se também com "fardas", que podem ser na cor branca ou azul, só há uma variação no modelo das masculina para a feminina.
Todo Daimista fardado traz na sua farda sobre o peito esquerdo a estrela de Salomão, que em muito lembra a estrela dos maçons.
Atualmente existe diversos centros espalhados pelo Brasil, a maioria seguindo fielmente a vertente originada na Amazônia por Mestre Irineu, estima-se que hoje em dia sejam cerca de 15 mil adeptos em constante crescimento.
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