Estágio é uma relação de aprendizagem na qual o estudante pode
colocar em prática os conhecimentos acadêmicos num ambiente profissional.
É uma oportunidade de adquirir experiência dos desafios que irá
vivenciar na profissão escolhida. Ao longo dos últimos oito anos o Ministério
da Educação (MEC) monitorou um significativo aumento no número de formandos na
educação superior. Se em 2002, cerca de 467 mil pessoas se formaram, em 2009 o
número saltou para 959 mil egressos.
Dados do Censo da Educação Superior de
2009 apontam ainda para um número de matrículas na educação superior brasileira
de quase cem por cento: subiu de 3,5 milhões para 5,9 milhões no período. A
região Sudeste concentra o maior número de matrículas — 2.516.712, que
representam 49,2% do total. No Sudeste a maior parte dos alunos (55,3%) está em
instituições particulares.
Considerando os números buscar um estágio é uma
tarefa que exigirá alguns cuidados: como elaborar um currículo completo,
apresentar-se com pontualidade para entrevistas, demonstrar cuidado com a
aparência, ter pró atividade e auto confiança e cuidado para não passar uma
imagem de arrogância e saber como se comunicar. A entrevista é um diálogo, “exponha
suas qualidades e também ouça o que o entrevistado tem a dizer”, apontam dicas
de um panfleto do Centro de Integração Empresa- Escola do Paraná (CIEE-PR).
Outra
preocupação dos estagiários diz respeito aos direitos nessa relação. Embora pareça,
os estudantes não contam com uma relação de trabalho, mas sim de outra
natureza. Tanto que a Lei do Estágio, em vigor desde 2008, é tutelada por uma
Lei Civil.
A coordenadora do Curso de Direito das Faculdades Opet Alessandra
Matos nos esclarece as suas diferença. “Uma Lei Trabalhista é aquela que o
funcionário possui vínculo empregatício com o empregador, assina carteira, o
funcionário tem direito aos benefícios de praxe, como o 13.º salário, férias e terço
de férias entre outros”, explica Alessandra. Já a Lei Civil é regida por contrato,
não existe um superior na relação. O estudante está ali para aprender. As
partes fixarão um salário e vale transporte, e assinarão um acordo.
Lembrando
que quando o mesmo é desrespeitado o estudante pode recorrer à Justiça para que
esta faça valer os direitos, “porque ambas as Leis precisam ser respeitadas”,
finalizou Alessandra Matos.
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